quarta-feira, 25 de julho de 2012

Destino flagelado


Foto por: Fabrício Pazelli.
















Adoraria em trâmite ao simplório acaso
Buscar fantoches jogados ao descaso
Maltrapilho andante na prematura ocasião
Afanando belos gestos em fétido coração

Ao vento em neblina sufocante demagogo
Sobre preces expostas em sádico esgoto
Jamais traria o frio em densidade analógica
Onde os campos fatigam em menção alegórica

Leva o mentor da noite em lúgubre nostalgia
Implora vida no ouvido da triste identidade
Hoje afoga na verdade a beleza do utópico dia

Assim respira a doença em tragédia do homem
Lave o tempo por trazer afago em ímpia maldade
Enfim, no flagelo onde os fracos se escondem.

12/07/2012

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O sentido de ruim


Foto por: Fabrício Pazelli.





















Sabe o que é ruim?
Imaginaria vozes afagantes em colo seco
Não traria amor, nem sorriso devotado.
Difícil é tentar entender o que sai com esterco
Ouviria uma desculpa de um gosto afastado

Sabe o que é ruim?
Tenho dor, machuca meu peito em corte.
Sei de fatos manchados pelo erro inconsolado
Em sono alimentando o ódio na sorte
Sentimento puro atroz em seio machucado

Sabe o que é ruim?
Quer gritos, ou sussurros destilados na memória?
Saberia talvez algoz nestes atos não pensados
Infligir doutrinas e posturas fincadas como escória
Deixar morrer em trôpego olhar os descasos

Sabe o que é ruim?
Ter postura, paixão, onde alimenta o rancor.
Também não abala, não importa em vista chorosa.
Introspectivo semblante demasiado comtemplou
Fatiga imposta deixada carne em dor simplória

Sabe o que é ruim?
Não saber o que ruim te é, em pensamentos vagos.
Ouvir supostas frases no psicológico sádico
Não saber de onde vem, pra onde vão os afagos.
Em prantos, se perguntando ao grande sábio.

Sabe o que não é ruim?
Ter você em você, por planos alinhados na meta.
Já pensou, rachou, desmantelou mente doente
É ter vida, vivida em frases prontas sem uma reta.
O efeito envenenado desintegrando-se na mente.

A mudança foi um acaso
Das preces atendidas do descaso
Foi, passou em memória.
Honraram-se os tempos de glória

A sede traz a força
O desejo vai à forca
A mentira seduzia
Uma mente a abolia.

Sabe o que é ruim?
Talvez nunca saiba!
A proporção do meu descaso é fruto da minha insistência
Tentaria mudar o rumo se bem fácil fosse assim decidir por mim
O que impera na sábia emoção prolongada pela falta de razão
Salga boca faminta destruída diante de uma óbvia saída

O caminho talvez mude,
Já tracei o tempo em ferro
Só tenho medo que enferruje
O que plantei com tanto esmero!

Espero que escute ao saber em silêncio...
Assim em despedida descarto a dor em mim
Não quero flagelar a cor do tempo
Talvez descubra o sentido do que é ruim.


19/07/2012

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Lasciva tentativa


Foto por: Fabrício Pazelli.





















Pensar talvez não fosse um ato ardente
Que enforca, sufoca o deixa demente.
Esperar passar em demasia irritante
Dor que não cessa a cética infame

Vejo olhos, braços, abraços em fogo.
Um descaso, faminto em ardente poço.
Mesmo chorando na arte de se humilhar
Havia um desdenho egoísta, solto no ar.

Sua trepida, trôpega frase direta em ferida.
Na discórdia orgulhosa deixando arder
Na tentativa da prece falha em vil partida

Ali dormia, onde ao lado um corpo sofria.
Mesmo em chamas, ignorava sem saber.
Latente ira que lasciva sucumbia em magia.

09/07/2012