quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Erros e enterros – O despertar do medo

Foto por: Autor Desconhecido.

























Ventre apodrecido e tomado por vermes
Por que razão intrépida doença me gerou?
Os seus erros foram seguidos de preces
Com a esperança que um dia me sufocou

Nascer para fazer sorrir um rosto alheio
Corpos cuspidos sem o direito de escolha
Cético maldito, lúdico partido ao meio.
Sua diversão despedaçou-me [...].
                                               ...Mesmo que assim me recolha...

Respirar e amar para no fim nada levar
Suar e tremer para de nada obter poder
Fui manipulado sem asas para confrontar
E com pele e ossos, viver para sobreviver.

Navalha que brilha e de longe me sorri
Acanhada suculenta a rosnar meu nome
Você há de me isentar do que eu não pedi
Até calada me acalenta e me consome [...].
                                               ...Mesmo que assim me abandone...

Sem luz, orações e nem palavras do senhor.
Glória viva, apodrecida de um frígido covil.
Em meus pulsos corre um sangue sem cor
Possuído pelo gosto azedo de um desejo vil

Cabisbaixo e em fracasso aceitei e caminhei
Porém focando um destino que me defenda
Com uma dose de vida o meu peito droguei
Assassinando místico instinto que atenta [...].
                                               ...Mesmo que assim me arrependa...

Ass: Fabrício Pazelli.
11/09/2013 

domingo, 1 de setembro de 2013

Mentes indecifráveis

Foto por: Fabrício Pazelli.


Pensar e no final não chegar a lugar algum
Esta será livre sina de mentes indecifráveis?
De frente, perante a frieza de um álbum.
Porque as reações não podem ser maleáveis?

Elas imperam em posturas inesperadas
As respostas jamais chegarão a ser saciadas
Enquanto o mundo se debulha em lágrimas
A espera de uma simples reação isolada

Nós tentamos, porém nada conquistamos.
Carregamos o poder do questionamento,
Enquanto houver alimento ao que acreditamos.
Escorados no topo da vida, pingando lamentos.

Quando será que estas mesmas cairão?
Suspiros intragáveis dominam novas mentes
Saboreando cada nova sina sem salvação
Dominados por fortes e fiéis forças ausentes

Porque tão difícil é?... Jamais decifrar.
Conviver é a pena a ser paga em juízo
Mesmo que as mentes comecem a esvaziar
A sabedoria é a alma do instinto

Velha base sem estrutura, cega e empoeirada.
Escute de longe o grito esganiçado do mudo
Sua conclusão continua intacta e calada
Como os olhos de um cego no escuro.

Difícil lidar,
Porém sobreviver
Com sorriso, amar.
Feliz amanhecer.

Mente imaculada
Sobrevoa no escuro
Mente apedrejada
Envolva-me no mundo.

Ass: Fabrício Pazelli.
01/09/2013 às 01h45min