terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Corpo flamejante

Foto por: Autor Desconhecido.











Escondia compaixão humana em frígido semblante
Aos gritos sucumbia seu único bem com dor intensa
Era chegada a hora de sua partida em ato frio e infame
Assim esguichava em árduo murmúrio sua egoísta doença

Olhos nada fazem, sufocam curiosidade em ato inerte.
Sua força era contida no berro desesperado do arrependimento
E assim flagelado, ímpio humano descartável sem mestre.
Chegava ao fim longa jornada em busca do contentamento

Sonho derrotado, objetivo jamais traçado, sua ira vence.
Nefasto sentimento fulminante, enfim, sem amor cumpria.
Sua alma foi entregue onde agora lamentos cobrem a mente.

Imperava sob o cosmo mental dos olheiros egoístas, um sentimento.
Rosto em lágrimas escondidas onde o corpo flamejante ardia
Era chegada a hora da sina em ímpias cinzas de um frio lamento.

26/09/2012