domingo, 1 de fevereiro de 2015

A esfinge da lembrança incolor

Foto por: Fabrício Pazelli.










Abro com meus questionamentos...
Até onde a luz alcança?
Não escute meus lamentos
Vai que sua mente descansa?

Não confie no poder dos olhos
Desacredite da veracidade da dor
A frase ecoa sem paz nos ossos
Que a lágrima sucumbe ao sabor

Que sina essa que não deixa respirar,
E meu peito range com a brasa?
Em seus olhos há o desejo de sangrar
A uma face que grita sem graça

Há uma força que oprime a lógica
Uma pergunta que exala esperança
Não há poder na ímpia história
Apenas o dever de ouvir quem manda

Minto sem pensar
Finjo mal pra mim
Eu queria não tragar
O odor que há em ti

Lonjura fria de esmero
Sabedoria de ferro
Postura vil sem feto
Por um aborto incerto

A sua boca pede carne
A sua face pede corpo
As suas mãos pedem frases
Estas nuas de escopo

Suar... Sabor...
Amar... Dor...

Finalizo sem resposta e sem ação
Haverá uma guerra sem líbito
Em mim brada a foice da razão
Decepada com a força do exílio

Ass: Fabrício Pazelli.
01/02/2015

Gatázio cortante de ternas mãos

Foto por: Autor Desconhecido. 


Frias exatas que oprime a precisão do ato
Intrépidas vendas poeirentas em corpo límpido
A carne pulsa em mecanismo de assalto
Que a renúncia peia num manto frígido

Caminho sob as cores de uma mente fértil
Enquanto o anseio avulta o desejo do trago
Sempre haverá uma apetência do lado erétil
Sobre a doce matéria da caligem do afago

Inconteste edaz ser que sucumbe à frase
Austero abjeto esgar ao esmo da vida
Nos planos insanos da aprazível face
Enquanto pele macia em rosto pálido fascina.

Pede forte sem pensar
Um pedido feito o meu
Já nascido de um acaso
Que esvaiu-se com o seu

Doces dedos entre anseios
De um intervalo que maltrata

Esganice entre os seios
Aquela boca que não fala.

Imácula entorpecente da catarse do sábio
Deixa coração pulsar na ponta dos dedos
Engole e molha com saliva o hirto falo
Que afronta sem medo os vis anseios.


Ass: Fabrício Pazelli.
29/01/2015