segunda-feira, 9 de junho de 2014

Aprisionado no claustro antológico da mente gélida

Foto por: Autor desconhecido.


O caminhar esfola num solado apático
Vidros permeiam numa frígida ideia
Os acasos viram casos num anseio estático
A dor aparece no sorriso da matéria

O que você vê? ...Sua angústia é meu prazer...

Corpos voam numa lipotimia de desejo
A vida sai pela fechadura sem dizer adeus
O amor te olha com vibração e medo
Em prantos pelo tempo que viveu

O que você vê? ...Sua lágrima é meu poder...

Os lados pareciam tão preenchidos
Pareciam brilhar todos os dias sem economia
O sorriso parecia estar tão vivo
E sem perceber sobrou apenas a nostalgia

O que você vê? ...Sua dor me faz viver...

Olhei sem querer para traz e vi seu rosto
Era tão ameno, brando, sereno... Sem veneno
Voltei a olhar pra frente com desgosto
Foi tão doloroso, aflitivo, cruciante... Tempo

O que você vê? ...Sua derrota é meu poder...
O que sobrou do que você vê? ...Um fim, uma lágrima, um triste amanhecer!

Ass: Fabrício Pazelli.
10/06/2014