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Foto por: Autor Desconhecido. |
Ventre apodrecido e tomado por
vermes
Por que razão intrépida doença me
gerou?
Os seus erros foram seguidos de
preces
Com a esperança que um dia me
sufocou
Nascer para fazer sorrir um rosto
alheio
Corpos cuspidos sem o direito de
escolha
Cético maldito, lúdico partido ao meio.
Sua diversão despedaçou-me [...].
...Mesmo
que assim me recolha...
Respirar e amar para no fim nada
levar
Suar e tremer para de nada obter
poder
Fui manipulado sem asas para
confrontar
E com pele e ossos, viver para sobreviver.
Navalha que brilha e de longe me
sorri
Acanhada suculenta a rosnar meu
nome
Você há de me isentar do que eu não
pedi
Até calada me acalenta e me consome
[...].
...Mesmo
que assim me abandone...
Sem luz, orações e nem palavras do senhor.
Glória viva, apodrecida de um
frígido covil.
Em meus pulsos corre um sangue sem
cor
Possuído pelo gosto azedo de um
desejo vil
Cabisbaixo e em fracasso aceitei e
caminhei
Porém focando um destino que me
defenda
Com uma dose de vida o meu peito
droguei
Assassinando místico instinto que
atenta [...].
...Mesmo
que assim me arrependa...
Ass: Fabrício Pazelli.
11/09/2013