segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A voluptuosa serpente libertina

Foto por: Autor desconhecido











E sem pedir ela invadiu o silêncio de uma solidão
Com sua carne cheia de lascívia e sensualidade
O tormento ainda trazia uma parcela de emoção
Embutida na íris da proserpine que a invade

E sua sina já percorre o claustro do meu olhar
Vendo flageladas mãos patear ao meu corpo
E assim, sem perceber a espinha fica sem ar.
Numa ode sem rima e nem molde para o escopo.

Serpente que parece sufocar com os olhos
Sua dor é a mesma que fez o anjo sucumbir
Não há elucidação que queime com ossos
Nem desamor que prospere pra sorrir

Sua face fulgura numa velha razão já finda
E apenas sobrevive a inexistência da veracidade
Sem ar uma explosão cósmica é extinta
Contra desejos, de costas para a realidade.

Não respira... Por favor! Não pensa, não cogita...
Volúpia libertina, serpente santa!
Não hesita... Por Favor! Não isenta, não priva...
Volúpia infernal, a serpente que encanta!

Ass: Fabrício Pazelli
30/06/2014

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