quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Veredas empoeiradas do senhor das pedras

Foto por: Fabrício Pazelli.
















Que intrépida sabedoria de homens puros
Suas verdades são apenas utópicos acalantos
Nadando com patas por olhos imundos
Por entre navalhas e sangrentos planos

Meu azorrague é meu enfermo psicótico
E todas as dores do mundo gritam alto
Onde seu medo é açoitado pelo estereótipo
De uma face trêmula em um parto por assalto

O homem teme e treme no tormento do ar
Não existirá letal solução pra esta humanidade
Num sussurro intrépido a soluçar por engasgar
Enquanto lágrimas escorrem em busca da verdade

Imponha austeridade numa incerteza cruel
A saída deste labirinto é fugir da prisão
Mesmo que este mundo seja feito de papel
Suas mãos irão enforcar uma suposta razão

Obrigados a sorrir e chorar diante do espelho
E assim, nada foi reservado para você.
Moroso é descobrir que a sobra é o desespero
E assim, sem alternativas padecendo, você aloja em cada amanhecer...
...a angústia de não poder...

A debilidade de respirar não é eterna
Suas veias pulsam num ritmo insofrido
A verdade do almejar não é externa
Ela se aloja num autônomo esculpido.

19/12/2013


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