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Foto por: Fabrício Pazelli. |
Aquela lascívia que ardia no canto escuro da sala
Entorpecida
pela tornada da libido sopitada
Ressurgiu
com o bramido esganiçado da caça
Numa
ode sem baliza ao regalo que não cala
Nada
poderia enfraquecer a ventura de sumir
O
desejo de se entregar ao alcantil do júbilo
A
euforia infame de reavivar tórrido elixir
De
sucumbir com a tenra face num púlpito
Os
olhos não viam
A
boca não falava
Os
ouvidos não ouviam...
[... Por
dentro sucumbia!].
Escondidos
ali faziam
Pelo
demérito da repulsa
Sem
cor ali morriam...
[... O mundo
esquecia!].
Curto
deleite de corpos desfolhados sem odor
Enfim,
a profecia se cumpria como no prelúdio.
O
epílogo pode se fazer presente sem sabor,
Mas
o memento viverá mesmo com o tripudio
O
pesar era maior que a ofegante respiração
Sem
ar o mundo já frio e inerte parava de rodar
Perenizavam-se
as almas latejantes na ímpia unção
Imortalizando
o loquaz amor que não pode falar.
Ass:
Fabrício Pazelli
24/02/2015
às 04:07
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