quarta-feira, 25 de abril de 2012

Até onde irá?


De tantos escombros sobre minha face
Sinto demolir estruturas inertes
De tanto martelar outras partes
Afago prantos mortos entre fezes

De onde nasce tua ira?
Até onde irá toda maldição?
Sou sufocado pelo tempo de fibra
Enforcado por um suspiro de precisão

Não sei até onde, nem ate quando.
As partes debruçam sobres vermes
Vomitam asneiras no espanto
Infundadas de ilusão e preces

Até irá nascer o fim em derrota
Nos olhos negros por amor
Até onde irá esse destino sem glória?
Amordaçado pelo peso, pelos cantos, pela dor?

Até onde irá, até onde?
Perco-me no vazio...
Onde a resposta se esconde.

05-10-10

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