Rebaixa Maquiavel onipotente
Faminto entre dedos sujos
Impera sobre corpos pútridos
A sina gélida de uma vil mente
No caos procura respostas
Sempre operante e preciso
Risco a face do mendigo
Excluindo de uma hostil escória
Não sinto e sinto calor
A falta opera e completa
Ondas de frio e pavor
Maltratam e se dispersam
Entoa no ar que me sufoca
A falta do ter que não ter
Desejo de entender o suicida
Amedrontado com medo de viver
Escuto apenas minha respiração
Ofegantes sussurros de proibido
Perdido no vazio da imensidão
Despertando com temor minha libido
O amanhã será longo...
O desejo ainda queima,
A dor ainda clama...
Furacão de rosa e ceia.
O vazio enforca a situação
Nada sinto acordado
Embriago-me de solidão
Entregue a noite machucado
Vazio como o vazio
Não tenho dor
Vazio como o vazio
Engasgo-me com uma flor.
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