terça-feira, 15 de maio de 2012

Desprezo


Foto: Fabrício Pazelli.
















Nasci de uma nação desumana
De um amor morto, jogado ao léu.
Gerado por um estupro frio
Onde se ouviam gemidos

Não há tentativas na falha
Você definha sem pensar
Sinto o tempo sufocar meu corpo
Meus pensamentos me matarem
É disso que me sustento

Vida pra quem vive
Morte pra quem sofre
Não vejo sua face suja
Nem espero respostas suas
Despenco do alto sem ar

Ontem ouvi minha voz
Hoje vejo minha derrota
Amanha estarei vivo
Rindo do meu ato atroz

O meu consolo é pura ilusão
Minhas mãos doem
Meu cérebro frita numa caixa
E pra finalizar meu coração morre

É assim que respiro
Morrendo, desfalecendo...
Vejo um futuro morto
Uma cena batida no colo do mundo...
Apodrecendo...
O fim estar vivo pra quem vive!

16-09-09

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