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Foto: Fabrício Pazelli. |
No canto das paredes empoeiradas de possessão
Escondem-se desejos proibidos manchados de dor
Quando as vigas do tempo derrubar a obsessão
Levantarás sobre pedras a inconveniência de uma flor
Despeito vagabundo, injusto e inabalável.
Provocas tua ira para jamais não mais morrer
Vomita asneira como um imundo descartável
Desponta da teia frases prontas para um dia vencer
Fruto sagrado de um nível passado e imortal
Mancha de sangue o manto puro da virgem sedutora
Ataca pelas costas como um covarde animal
Suga sem piedade o sofrimento de sua carne amadora
Enfadonho suporte de mentiras vagas pela lealdade
Faminto prazer pelo oposto da amizade de plumas
Carrega como a forte tempestade do sul, verdades.
No olhar sedento por querer, move areias de dunas.
Deixa o vento carregar suas atitudes sinceras
Fascina a oposição com seu veneno cheio de tesão
Rouba uma farpa de teu ventre latente que me espera
E deixa a nostalgia interdita vagar sobre a maldição
Suas palavras são alienadas como um suicida
São frágeis como uma boneca de porcelana sem mãos
Não entende as respostas da psicopata vida
E nem supre necessidades de uma louca obsessão.
02-01-2010
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