segunda-feira, 14 de maio de 2012

Sono sagaz

Foto: Fabrício Pazelli.














Olhos entreabertos em busca da ambidestria
Sentimentos frívolos e castos, mas cálidos.
Entre mãos ímpias que de falhas sofre em demasia
Em que de crápulas latentes forjam-se por pálidos

A demasia inflamável das vestes transparentes
Amargurada flor cheia de delírios sangrentos
Como de atonia meu peito grita sobre vil mente
Imaculado sobre o rio Estige sem lamentos

De onde emplaca mendigo sonhador entre plebeus
Esfaqueia a utopia num toque mortal e amargo
Esfomeando a impotente razão das regras de um deus
Onde fraco e inoperante cospe asneiras de um fardo

O teu corpo corta o meu, cujo sangue corre fome.
Já me pergunto sobre os seios castigados de maldade
Será de caos que pernas dolentes derrota a infame
Desse lume que eterniza a ida em chamas à imortalidade

Sagaz menina que assombra outros olhos chorosos
Aos toques odientos sadomasoquistas e bravios
Sempre aos poucos adormecendo a atos simplórios
Caminhando no fim sobre a fuga de sombrios.

20-04-10 

2 comentários:

  1. Além das poesias sempre serem fodas. Tenho que comentar que tô adorando acompanhar suas fotografias. Uma linda surpresa, amor. Vc tem um olhar, uma sensibilidade de poeta também pra fotografar.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado amor pelas palavras. É estranho isso, parece que é coisa de sangue mesmo. rs

      Te amo.

      Excluir