domingo, 27 de maio de 2012

Imutável


Foto: Fabrício Pazelli.




















Se a semente faz parte do ciclo
Meu corpo envelhece no amadurecimento
Sempre há uma meta pra continuar
Evoluir no tempo e estagnar

Descontrole o mutante
Maltrate a plebe do vírus
Esconda-se na lareira
Mas não escute os segredos
Amaldiçoados, destrutivos
O carcereiro se enforca

Se a raiz planta a epidemia
Minhas mãos alimentam o inimigo
Sempre haverá uma alternativa
Aceitar tudo e calar-se maldito

Haverá um dia comum
Um que mostre verdades
Que desaponte no inicio
Abençoe as classes
Na mudança fétida
Mentirosa e fraca

Se o corpo levanta o projeto
Minhas pernas sucumbem
Queria que houvesse outrem
Onde criar fosse evolução

Uma conquista falha
Uma benção maldita
Sempre serei cego
Minha alma almeja fogo
Sei que não haverá ida
Assim como a derrota

Se meus cabelos crescem sem parar
Meu espelho me sorri ao amanhecer
Serei forte aos olhos da serpente
Construirei um império de mentiras
Um fim me fascina
Uma farsa me seduz
Queria poder te acompanhar
Onde o destino reluz
Mas finquei meus pés no tempo
E nele morrerei com o mesmo desdenho!

16-09-09

2 comentários:

  1. Amigo nossa!!! Magistral!! Queria eu conhecer outro adjetivo mais pomposo do que este para descrever o que achei deste poema. É sinal que vc tem uma excelente visão de mundo mas isso não macula sua alma de artista, que oscila entre o metafísico e o fático. Lindo! Bom conhecer esse lado seu colega literário, rsss abraços!!

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  2. Valeuuuuuuuuuuu juju.
    Muito Obrigado pelas palavras.

    Fico feliz que tenha gostado.

    Beijos querida!

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