sexta-feira, 11 de maio de 2012

Solidão, teu nome é mulher!

Foto: Autor Desconhecido.























De um vazo brilhante
Deslumbro teu corpo
De uma tela violenta
Tento tirar seu gosto
Das águas do mar
Realço meus desejos
Trazendo comigo
O utópico sabor de seus beijos
Sobre a lua de um cosmo fatigado
Expulso minhas tristezas
Minha dor, meu afago.
Entre os dedos sujos de pecado
Salivo-me pelo sangue
Pela paixão, pelo acaso.
Roubo o cálice proibido
Aquele que esconde meus refúgios
Desfaleço-me no altar, no lixo.
Nas palavras carregadas de decepções, sem escrúpulos.
Onde minhas revoltas são cuspidas
Vive o rancor de uma rapariga
Sou feito de dores, de acasos.
Uma parcela de culpa da vida
Na tempestade dos sentimentos
Debruço-me sobre a dor, sobre o vento.
Procuro um insulto a minhas doutrinas
Uma doença, uma chacina, epidemia.
Procuro o tempo, o desejo a nostalgia.
Procuro a solução, a derrota...
Solidão, teu nome é mulher.

10-03-03

2 comentários:

  1. Eu sempre gostei muito dessa sua poesia, amor!
    Essa vem daqueles cadernos antigos né?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É amor, peguei num caderno antigão de poesias. rs
      Vou desenterrar mais algumas desse nível ai.

      Sua força me motiva!!!

      Excluir