terça-feira, 15 de maio de 2012

Verniz descascado


Foto: Fabrício Pazelli.




















Acaso, velho morto insensível.
Ódio vasto, certo e convulsivo.
Parto errado, fétido despido.
Por velho morto manto desprezível.

Vir, assim me ver sorrir sem sentir.
No plano manso descartável morto.
Descaso sóbrio apenas verniz.
Descascado, maltratado e fosco.

Sem cansar, por falhar errante e vil.
No canto recauchutado sensível.
Esmague mate filhos do Brasil.

Descanse, amanhã não falharei.
Sem falhar, sem chorar, inconfundível.
Em ter-me só no vazio que criei.

12-09-07


Obs: Este poema é um soneto Decassílabo.

2 comentários:

  1. Está muito massa, "Descanse, amanhã não falharei.
    Sem falhar, sem chorar, inconfundível.
    Em ter-me só no vazio que criei."
    gostei pra porra tá muito lindo esse poema man.

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    1. Valeu Fernando, essa ai vai fazer 5 anos de existência. rsrs
      Obrigado pelas palavras cara.

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